terça-feira, 14 de junho de 2011

Exposição Final

No dia 6 de Maio realizamos uma exposição sobre o nosso tema, as tradições de Ourém. Ficam aqui algumas fotografias da nossa exposição.












terça-feira, 31 de maio de 2011

via sacra

Via-Sacra
Esta é uma tradição praticada todos os anos no concelho de Ourém. Neste dia o nosso concelho celebra a paixão, morte e a ressurreição de Jesus Cristo, reconstituindo a Via-sacra no centro histórico de Ourém.
Trata-se de um evento grandioso, de grande beleza e profundo significado, tendo como cenário a antiga vila medieval de Ourém com o seu casario e ruas estreitas, a Igreja de Nossa Senhora das Misericórdias, o Castelo e o Paço dos Condes de Ourém.
Para além dos oureenses, é uma ocasião que o centro histórico de Ourém regista a visita de numerosos forasteiros, aproveitando para conhecer uma das vilas mais nobres e históricas de Portugal.
Festa dos Pinhões

Esta é uma tradição da freguesia do Olival que se celebra na altura da Nossa Senhora das Candeias. A festa dos Pinhões é uma tradição que se mantém desde 1758. Quando se realiza esta festa, as pessoas dirigem-se ao longo do sopé da igreja do Olival em que poderão encontrar o principal produto à venda, que neste caso são os pinhões.
Também nesta festa poderemos encontrar outros produtos, nomeadamente os frutos secos, as plantas, as sementes, roupas, mobiliário artesanal, alfaias agrícolas e entre outros.




Feijoas no Olival

A tradição chama-lhe “as feijoas”. Trata-se de um almoço realizado todos os anos, por altura da Páscoa cujo significado profundo está na representação que pretende ter da última Ceia de Cristo.
            Tem lugar no Olival e é organizado pela Confraria do Santíssimo Sacramento da Paróquia. Esta tradição teve início no ano de 1789, porém o povo diz que esta é uma tradição ainda mais antiga.
A população faz as suas oferendas ao Santíssimo Sacramento, sobretudo em azeite. O azeite doado vai alumiar as candeias da igreja e outros donativos revertem para as despesas da Confraria que, por sua vez, apoia a igreja, bem como “alguma necessidade urgente que surja na freguesia”.

segunda-feira, 30 de maio de 2011

Lenda do Ninho de Águia

                       Reza a lenda que, certo dia, uma mulher dirigiu-se a um ribeiro, para lavar a sua roupa, levando consigo o seu filho, que era um bebé recém-nascido. Ao chegar ao ribeiro, a mulher coloca o seu filho, que estava a dormir, ao seu lado, e começa a lavar a sua roupa.
                       Sem que ela se apercebesse, aproximou-se do bebé uma águia enorme que, com as suas fortes garras agarrou o bebé e levou-o com a intenção dele servir de alimento aos filhotes que estavam no ninho. Quando a mulher deu conta, já a criança ia no ar pendurado pelas roupas e a águia voava velozmente.
                       A mãe muito aflita perseguiu a águia gritando e pedindo socorro a Nossa Senhora à qual prometeu construir uma ermida em honra de Nossa Senhora da Conceição se a águia devolvesse a criança com vida.
                       Após dar várias voltas, a águia foi largar o menino, são e salvo, junto às portas de igreja de Nª Sra de Seiça, e não no local onde estava o ninho.
                       A pobre mãe cumpriu a sua promessa mandando erguer a ermida em honra de Nossa Senhora da Conceição que actualmente, já se encontra reconstruída.
                       Há quem conte que, a águia depois de ter raptado a criança a levou para o seu ninho situado numa oliveira, no cimo do monte, onde o deixou vivo.
Fogueira com cheiro a manjerico

Esta é uma das tradições praticada nas Fontainhas de Seiça onde todos os anos repetem o ritual da Fogueira de S. Pedro há mais de um século.
Contam os antigos que outrora a lenha colhida para este dia, era transportada em carros de bois e puxada pelos rapazes. Hoje, os tractores ajudam essa tarefa, contudo o afastamento dos jovens destas tradições é cada vez mais notório. Ainda assim, em colaboração com a Associação Social e Cultural de Fontaínhas, todos os anos há sempre quem queira dar continuidade a este costume, numa verdadeira prova de que o tempo passa, mas a vontade fica.

terça-feira, 26 de abril de 2011

Tradição do Concelho de Ourém

Cantar dos Reis
Esta tradição não é exclusiva de Ourém. É também praticada um pouco por todo o país. Entre o Natal e os Reis (25 de Dezembro a 6 de Janeiro), especialmente nas aldeias, as pessoas organizam-se em grupos e vão cantar anunciando o nascimento de Jesus. Inicialmente, as pessoas ofereciam “as sobras de Natal” mas, hoje em dia, essas sobras traduzem-se em dinheiro. Outra alteração da tradição é o facto de esta ser prolongada por todo o mês de Janeiro.  


quinta-feira, 31 de março de 2011

Lenda da Moura Oureana

Há muito, muito tempo, um grupo de cavaleiros Templários decidiu conquistar a cidade de Alcácer do Sal aos Mouros. Entre eles existia o valente e corajoso Traga Mouros.
Durante a conquista, o Traga Mouros avistou uma bela donzela, moura, chamada Fátima e ficou maravilhado. Gonçalo Hermingues, Traga-Mouros, excelente trovador, logo ali improvisa uma trova que dedica à moura, conquistando-lhe o coração:

Oureana! Oureana! Oh! Tem por certo
Que esta vida, de viver,
Toda a vida se olvidou naquele aperto.
E o que em troco eu vim a haver
Não há mais para se ver.

Ora vos tenho, ora não
E um a um eles que chegarão
Já me apanhaste e já não...
D'aqui largam e d'ali pegam,
que anda tudo ao repelão

Por mil golvos retoiçando
Ai, ai, que vos avistei!...
Já sei por que ando lidando,
Que em tais terras bem pensei
Melhor fruto não verei.

Quando a luta terminou, os Mouros vencidos, levaram consigo Fátima. Mas o Traga Mouros não ficou quieto, perseguiu-os e raptou a linda Moura, que era filha do alcaide da cidade.
Quando chegaram a Santarém, o valente Traga Mouros foi pedir como recompensa ao rei D. Afonso Henriques, para casar com a bela donzela. Este concordou.
O Traga Mouros com medo da reacção do povo, fugiu com ela para uma terra isolada a poucos quilómetros de Ourém.
Fátima converteu-se ao Cristianismo e foi baptizada com o nome de Oureana.
Pouco tempo depois a Moura Oureana faleceu e o Traga Mouros ficou tão desgostoso que foi para o convento de Alcobaça onde também morreu.
Esta lenda deu origem a duas localidades: Fátima e Ourém onde a Moura Oureana viveu e morreu.